domingo, 8 de novembro de 2009

Complementando postagem anterior



Howard Gardner é conhecido como o cientista das inteligências múltiplas, é formado em psicologia e neurologia. Para ele a idéia de que existem várias aptidões além do raciocínio lógico matemático. Suas teorias causaram grande impacto na década de 80 quando foram divulgadas, segundo Gardner há outros seis tipos de inteligência além da lógico-matemática, são elas: lingüística, espacial, físico-cinestésica, interpessoal, intrapessoal e musical. Mais tarde ele acrescentou as inteligências natural e existencial (sugerindo o agrupamento da interpessoal e da intrapessoal).
Atualmente muitas escolas possuem sala de recursos para desenvolver atividades com alunos portadores de necessidades especiais, na Escola Polisinos, onde trabalho existe a Sala de Recursos em Altas Habilidades cuja concepção é baseada nas teorias de Howard Gardner.
No site WWW.ne.org.br da Revista Nova Escola encontramos, na Edição Grandes Pensadores e na edição do mês de outubro deste ano, mais referências sobre Gardner.

SURDO NÃO É DEFICIENTE!!!!

Segundo Skliar (1999), um dos tópicos apresentados no V Congresso Latino Americano de Educação Bilíngue para Surdos é “propor o fim da política de inclusão-integração escolar, pois ela trata o surdo como deficiente e, por outro lado, leva ao fechamento de escolas de surdos e/ou ao abandono do processo educacional pelo aluno”. Na Declaração de Salamanca lemos: “... No contexto destas Linhas de Ação o termo “necessidades educacionais especiais” refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem...” Karin Strobel, no seu livro” As imagens do outro na cultura surda”, citando o dia do Surdo escreve:” o dia do Surdo tem um significado muito importante. Ele representa o reconhecimento de todo um movimento que teve início há poucos anos no Brasil quando o Surdo passou a lutar pelo direito de ter sua língua e sua cultura reconhecidas como uma língua e uma cultura de um grupo minoritário e não de um grupo de “deficientes”.
Apesar de toda essa luta, toda a literatura que fala sobre a reivindicação dos direitos dos surdos para que não sejam tratados como deficientes, acredito que falta muito para que esses objetivos sejam alcançados. Esta semana li um exemplar do Jornal da Universidade, referente ao mês de setembro deste ano na edição de aniversário (página três)no editorial CIDADANIA, uma reportagem contraditória, pois a foto ilustra a Linguagem de Sinais, tratando o surdo como deficiente.
HTTP//WWW.jornal.ufrgs.br
O Parecer 11/2000, cujo relator foi Carlos Roberto Jamil Cury, é o texto que regulamenta as Diretrizes Curriculares Nacionais para a EJA. Aprovado na Câmara de Educação Básica em maio de 2000, é um documento importante para que os aspectos da EJA sejam esclarecidos e normatizados; contém Fundamentos e Funções da EJA; Bases Legais: A EJA hoje; Bases Históricas; Iniciativas públicas e privadas; Alguns indicadores estatísticos: Formação docente; As Diretrizes Curriculares de EJA; e o Direito à Educação.Ao ler este parecer ficou bem claro para mim o que é legal em relação a esta modalidade de ensino, percebi também que o atual governo está proporcionando uma melhor formação para os docentes da EJA, porém, não basta só as políticas públicas, a sociedade como um todo deve repensar sobre a EJA, principalmente com relação ao adulto.
Gosto muito da área da educação dedicada à EJA e gosto muito do trabalho com adultos, mas sei muito bem das dificuldades que passa o educador dessa modalidade de ensino; é muito difícil evitar a evasão quando se trata de problemas de saúde, horários de trabalho diferenciados, cansaço dos alunos e do próprio educador. Penso que o educador de jovens e adultos deveria ser mais valorizado, pois ele também sofre um certo preconceito pois muitos ainda acreditam na concepção assistencialista da EJA.
CLÁUDIA Lemos Vóvio no artigo “O desafio da alfabetização de jovens e adultos no Brasil”( Revista Pátio-fevereiro/abril de 2004) afirma que a alfabetização só ganhará sentido na vida de jovens e adultos se eles puderem aprender algo mais do que juntar as letras, precisam desenvolver novas habilidades e criar novas motivações para transformar a si mesmos, interessar-se por questões que afetam a todos e intervir na realidade da qual fazem parte, simultaneamente ao aprendizado da escrita.
Para que isso aconteça o educador deve mediar o processo de aprendizagem e problematizar a realidade de seus alunos, tendo como pressuposto o conhecimento dessa realidade.
Na Revista Mundo Jovem de setembro o professor Celso Scocuglia, da UFPB e pesquisador do CNPq, apresenta seu artigo “Analfabetismo: uma forma de exclusão” que é muito interessante e sugere também o filme “ Narradores de Javé” que temos no pólo e é emocionante assistir.


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